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Maricá: Orla de Araçatiba vira palco dos Jogos estudantis

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A relação dos habitantes com suas cidades pode ser medida pela forma como os moradores interagem com os espaços públicos a eles oferecidos. Em Maricá, essa relação vem sofrendo uma transformação radical desde que a Prefeitura passou a investir na revitalização desses espaços e na criação de áreas de convivência. A orla da Lagoa de Araçatiba é o maior exemplo desse processo, já que o local, muito frequentado por visitantes e moradores, entrou na programação de shows da cidade, já recebe competições esportivas e até virou cenário de casamentos. Nesta segunda-feira, pela primeira vez, (01/10) as competições dos Jogos Estudantis de Maricá levaram para as quadras de vôlei de praia instaladas na orla dezenas de alunos de escolas públicas e particulares da cidade, entre eles representantes do CEM Joana Benedicta Rangel, Colégio Prima, E.M. João Bezerra da Silva, E.M. Lúcio Thomé Feteira, Instituto Federal Fluminense (IFF) e Colégio HMS.

A secretária de Educação, Adriana Luiza da Costa, é uma das entusiastas com o novo espaço. “A ideia de fazer aqui em Araçatiba se deu em função de o bairro estar totalmente revitalizado”, avalia. “Além disso, fica no coração da cidade e está organizado e preparado para receber todo tipo de atividade esportiva! Os estudantes amaram poder jogar, torcer e ainda contemplar as belezas naturais desse bairro tão lindo”, completou. Se depender da secretaria, a aposta na orla revitalizada será aumentada. “A Secretaria de Educação atualmente trabalha com territórios, então o maior objetivo desses jogos 2018 é a integração do município de Maricá nas redes públicas, privadas, federais e estaduais. Contamos com 5000 alunos inscritos, ou seja, são cerca de 50 escolas participando. E entre os dias 26 e 29/10, teremos também na cidade os jogos paraolímpicos, onde somente crianças com deficiências estarão participando”, completou Sonia Freire, que é gerente de Programas e Projetos Intersetoriais da pasta.

De acordo com o coordenador de Educação Física e Projetos Desportivos da Secretaria, Cristiano de Oliveira Silva, o vôlei de praia é uma atividade que conta com a participação de quase 50 atletas em jogos simultâneos nas categorias A, B, C, D e E com idades entre seis e 18 anos. “Os campeões levam para suas escolas troféus e medalhas de 1º, 2º e 3º lugar. As grandes finais por pólo masculino, feminino e coletivos acontecem entre os dias 27 e 31/10 na Lagoa de Araçatiba, no Esporte Clube Maricá e na Arena Flamengo (Flamengo). Nos outros dois locais os confrontos são nas modalidades futsal, futebol, handeball e futebol society”, disse.

Nas competições, sobrou disposição. As partidas de vôlei de praia dos pólos Bravo (escolas da praia), Fenix e Alfa (escolas do Centro) categorias D e E, feminino e masculino, dos Jogos Estudantis de Maricá foram muito disputadas. Pela categoria D, a disputa entre o IFF e o Colégio Prima estava acirrada, mas no 3º tempo, tecnicamente empatados, a dupla do Prima garantiu dois pontos de vantagem, tornando-se vitoriosa com 17 a 15, sendo derrotada logo depois pela equipe do HMS por 16 a 18.

Professor de Educação Física do HMS, Carlos Wagner falou sobre a importância da competição. “Pela integração dos alunos dentro da própria escola, do envolvimento deles com os profissionais que participam do projeto, além do processo de socialização com as demais escolas e a questão da familiarização com a modalidade ao ponto dos alunos terem o interesse por continuar na modalidade esportiva despertado”, ressaltou.

Diretor e professor do Prima, Felipe Prima falou que a melhor forma de retratar o melhor do campeonato seria visualmente, pelo sorriso e emoção demonstrados pelos adolescentes. “Nós conseguimos trazer boa parte da escola. São duas turmas inteiras, então cerca de 80 alunos. Na realidade o esporte é isso, independente do resultado, de quem vai ganhar esse jogo, todos saem vitoriosos pela oportunidade de poder participar e interagir”, frisou.

rofessora de Educação Física do IFF, Rejane Costa falou sobre a política do instituto federal em relação a formação dos alunos numa proporção para além da sala de aula. “A cultura e o esporte fazem parte disso. Então além da possibilidade de jogar, que é uma das habilidades corporais que a gente vem trabalhando, tem a possibilidade de interagir, respeitar as regras de jogo e os princípios esportivos. Certamente isso contribui para a formação deles mais ampla enquanto cidadãos”, ponderou.

Aluno de Edificações do IFF, Elias Santos (17 anos) destacou a interação. “É bom para juntar mais a galera de todas as escolas porque cria um bom relacionamento entre todos. Campeonatos como esse permitem o início de uma boa amizade”, pontuou. Cursando o 3º ano no PRIMA, Pedro Rosa Antonio (17 anos) lembrou que desde que entrou no ensino médio já pensava numa atividade ampla reunindo diferentes unidades escolares e analisou as partidas das quais participou. “O jogo contra o IFF foi equilibrado, mas o nosso diferencial na partida foi a calma. Por isso, conseguimos ganhar. Contra o HMS o jogo acaba sendo mais tenso, porque os dois atletas já treinam há muito tempo que nós. Então, o jogo acaba sendo mais baseado na defesa para tentar segurar o jogo e manter a calma”, calculou.

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