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Maricá: Economia da cidade foi impulsionada no Carnaval

Comércios do Centro, Itaipuaçu e Bambuí comemoraram aumento nas vendas. Pousadas também foram ocupadas por foliões

O balanço do Carnaval em Maricá não é positivo apenas por conta da folia tranquila, alegre e familiar, mas também pelos reflexos positivos na movimentação econômica local. O investimento da Prefeitura com a organização, suporte aos desfiles de 74 blocos, com os 16 palcos com shows, com o ordenamento e a segurança, trouxe benefícios para o comércio local em todos os distritos.

Em Itaipuaçu, por exemplo, Leonardo Abreu de Melo, proprietário do tradicional Bar do Luiz, na Praça dos Gaviões, confirma o bom resultado. “O bar ficou aberto todos os dias do Carnaval funcionando das 11h às 5h. As vendas subiram cerca de 50% em relação a um fim de semana comum”, comemorou. Segundo Leonardo, os shows realizados pela Prefeitura servem para atrair o público, aumentando o movimento. “Foi um evento incrível, muito família então ajudou”, disse. O reflexo econômico também se traduziu em oportunidades de trabalho: normalmente o Bar do Luiz funciona com três funcionários. Para esse período de folia, foram contratadas mais duas pessoas para o atendimento e uma pessoa somente para ficar no caixa. Ou seja, dobrou a quantidade.

No Trayler Lua Nova, outro ponto tradicional do bairro, também houve melhora no faturamento. Proprietário há 20 anos, Vanildo de Oliveira contou que o estabelecimento ficou aberto das 9h às 4h. Normalmente com dois funcionários, o trailer recebeu o reforço da família totalizando seis pessoas trabalhando. “O Carnaval foi uma festa incrível familiar, sem nenhuma ocorrência. Tive uma melhora significativa no meu faturamento de uns 40%. A prefeitura está de parabéns”, elogiou.

Ainda em Itaipuaçu, Jonas Francisco, proprietário da Sorveteria/Padaria na Rua 36, esquina com a Rua Professor Cardoso de Menezes (antiga Rua 1), outro local de concentração do Carnaval, fez coro. “Aumentou muito o movimento e muitos dos clientes eram turistas. Recebemos muita gente de fora”, afirmou, confirmando o bom movimento para o caixa com um dos principais indicadores. “A venda do pãozinho aumentou uns 50%. O Carnaval foi muito bom para o comércio da região”, analisou Jonas, que manteve o local aberto em média 12 horas por dia e elogiou a segurança e as alterações no trânsito das proximidades, especialmente com a construção da rotatória. “O trânsito melhorou bastante. Não vi nenhum acidente aqui”, afirmou.

Em Bambuí os efeitos positivos foram igualmente claros. Dono de um restaurante e padaria em frente à praça do bairro – que teve programação de shows e blocos – Fabiano da Silva Passos afirma ter registrado aumento de 40% no movimento. “É o segundo ano seguido em que tive um movimento melhor nesse período, antes isso aqui parecia uma cidade fantasma”, atestou. “Os shows que a Prefeitura trouxe foram bons porque atraíram mais gente e também fizeram o morador ficar no bairro”, analisou o comerciante.

No Centro, mesmo quem acabou funcionando em horário reduzido por conta das interdições no trânsito confirmou o resultado positivo. A padaria Pão Novo, na Rua Álvares de Castro, funcionou em horário reduzido, com expediente encerrando às 16h. Apesar disso, segundo o gerente Wellington Guedes foi necessário contratar uma funcionária para o balcão, que continuará trabalhando no local, no período da manhã. “Realizamos uma reforma na padaria pensando num crescimento significativo das vendas neste período e foi o que aconteceu. Um aumento de 25%”, explicou. Perto dali, no restaurante Mistura Grill a satisfação foi a mesma. “Tivemos um aumento da clientela de 30% comparando ao mesmo período em 2016 e o Carnaval e acabou sendo melhor do que a gente esperava. Mas esse saldo se deve à remodelação da cidade e sua sinergia com os equipamentos turísticos”, declarou o gerente geral, Leonardo Amando.

A rede hoteleira da cidade também festejou. Algumas pousadas chegaram a ter mais de 100% de ocupação, como a Sollares, na Avenida Ivan Mundim, próximo a ponte do Boqueirão. “Tive que desocupar até o quarto onde durmo para acomodar hóspedes. Esse foi um dos melhores carnavais que tivemos”, declarou a proprietária do estabelecimento, Rose Galhardo, que recebeu gente de outros estados e de países como Itália e Espanha. O interesse foi tanto que motivou a criação de uma rede informal de informação entre as pousadas, de forma que sempre houvesse a possibilidade de acomodar quem procurava hospedagem na cidade. “Criamos um grupo que interagiu bastante e, quando algum local já estava lotado, ligávamos para tentar acomodar a pessoa em outra pousada”, revelou Rose.

Nos supermercados, cerveja e carne foram os produtos que impulsionaram o crescimento de vendas no período. Gerentes do supermercado Princesa (Centro), Luciano Correia e Sérgio José confirmaram que o desempenho econômico da cidade não se restringiu apenas aos quatro dias de folia. “Tivemos um aumento de volume de pessoas, mas não chegou a fazer uma grande diferença economicamente na semana do carnaval em função de ser final do mês. Agora, se analisarmos o mês de fevereiro como um todo e compararmos ao mesmo período no ano passado, conseguimos ver um lucro em torno de 7%”, disse Sergio. Luciano explicou que as contratações extras tinham sido feitas para o verão, de dezembro até o período pós-carnaval.

O movimento nos postos de combustível, que funcionaram todos os dias, refletiram a grande circulação de pessoas na cidade – a Secretaria de Segurança calcula que estiveram em Maricá durante o carnaval de 550 mil a 600 mil pessoas. Secretária em um posto da Rede Osórios em Itapeba, Juliana Nascimento contou que o local vivia cheio. “Observamos no geral um aumento no volume de venda na pista de 30% por dia”, atestou. A loja de conveniência se beneficiou disso. “O movimento triplicou. Então, financeiramente foi muito bom para nós”, contou a encarregada Viviane Santana.

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