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Maricá: Falta de testes e sistema de saúde em frangalhos

Mesmo com R$700 milhões de orçamento somente para a saúde em 2022, Maricá vem sofrendo com a falta de gestão. Se haviam reclamações na gestão da ex-secretária Simone Costa, na atual, comandada por Solange Oliveira, o sistema de saúde anda em frangalhos.

O sucateamento da rede de atenção básica é uma das maiores reclamações. Com a alta procura nos postos de saúde por pacientes com sintomas de Covid-19, os testes começaram a faltar, sem contar que a maioria dos postos precisou suspender consultas já agendadas anteriormente.

Outro problema relatado por pacientes é o baixo efetivo médico nas unidades de saúde, principalmente no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. De nada adiantou informatizar o sistema, a demora para os atendimentos e a desinformação impera na unidade de saúde, a principal da cidade. Talita Rodrigues, moradora do bairro da Gamboa, chegou ao hospital na última sexta-feira (14/01) às 12h40 e só conseguiu sair às 23h e sem realizar todos os exames. Lhe foi pedido uma tomografia, mas como o exame demoraria, a paciente decidiu deixar a unidade de saúde e procurar outros meios.

Ela relatou ao ‘Maricá Info’ diversos problemas encontrados na unidade como apenas um médico atendendo, a demora entre um atendimento e outro – ocasionado pelo médico ter que relatar o atendimento no sistema -, falta de pedidos de exames para diagnóstico correto e a automatização da consulta, sem medir temperatura ou pressão. Não há humanização alguma!

Chegando no hospital, a paciente quase foi jogada direto para a tenda da Covid-19, mesmo apresentando outros sintomas que não são ligados à doença. “Pra eles, se tive febre é Covid, se eu sinto dor é Covid, não estão nem aí pros outros sintomas, só querem nos dispensar.” Comentou a paciente.
Enquanto aguardava o resultado de um exame de sangue, solicitado por outro médico na ‘mudança de plantão’, a paciente decidiu ir ao polo do Covid para tentar atendimento. Por lá esperou por cerca de uma hora e meia para chegar no atendimento e receber apenas Azitromicina, Prednisona e Dipirona e ser dispensada. Nada de testes. Segundo ela, agendaram o teste para o dia 17 de janeiro.

A prefeitura de Maricá orientou pelo perfil no Instagram para que pacientes com sintomas de Covid-19 procurem os polos exclusivos de atendimento no Centro e em Inoã, das 8h às 20h. Mas às 19h40 uma funcionária do polo do Centro brigava aos gritos com o funcionário que havia deixado outro paciente com sintomas entrar. “Foi combinado às 19h30 de encerrar, não pode ser assim.” Gritava a funcionária, toda paramentada.

Falta gestão

A saúde de Maricá dispõe em 2022 do maior orçamento da história: R$700 milhões. Somente o valor disponível para a Secretaria de Saúde é maior do que o orçamento inteiro de diversos municípios do Estado do Rio.

Com tanto dinheiro em caixa, não poderia faltar testes ou medicamentos, como ocorreu no começo de dezembro, onde a prefeitura confirmou a informação. O fechamento dos postos de vacinação drive thru no aeroporto de Maricá e na sede administrativa da prefeitura em Itaipuaçu foi um erro! Ao contrário de fecharem, deveriam ampliar para a testagem via drive thru nestes locais, diminuindo a exposição das pessoas ao vírus, já que ficar uma hora em um posto de saúde com diversas pessoas com os sintomas expõe os pacientes à contaminação.

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