É possível prever os melhores investimentos para 2023?
Projeções do mercado permitem avaliar quais produtos financeiros estarão mais rentáveis no próximo ano.
As projeções do mercado financeiro permitem ao investidor analisar quais investimentos podem ser mais rentáveis em 2023. As últimas edições do Relatório Focus, emitido pelo Banco Central, estimam a queda da inflação e da taxa básica de juros Selic no próximo ano, o que impacta diretamente no comportamento da renda fixa e da renda variável.
Na primeira modalidade estão incluídos os títulos públicos, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs), dentre outros. Já na segunda, há uma vasta lista de ações, fundos e outros produtos disponíveis na Bolsa de Valores (B3).
Acompanhar o cenário econômico e saber como as suas variações interferem no comportamento dos produtos financeiros são orientações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para os investidores tomarem decisões mais assertivas.
Projeções para 2023
O Relatório Focus mais recente, divulgado no início de agosto, aponta uma queda gradativa no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e na taxa básica de juros Selic pelos próximos anos.
Apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA é considerado a inflação oficial do país. A expectativa do mercado financeiro é que o índice alcance o patamar de 5,36% em 2023, reduza para 3,3% em 2024 até chegar em 3% no ano de 2025.
Já a Selic é estimada em 11% no próximo ano. Para 2024, o mercado financeiro aguarda uma queda para 8%. Já em 2025, o percentual deve reduzir para 7,5%.
A projeção de queda da inflação e da Selic em médio prazo tende a favorecer a rentabilidade dos investimentos em renda variável. No entanto, para os investidores que optarem por investimentos em curto prazo, os títulos de renda fixa seguem como alternativas.
Como escolher os investimentos
A renda variável será uma opção para quem quiser investir no médio e longo prazo. Na avaliação do mercado, as ações de empresas consolidadas estarão em alta, como é o caso da Vale (VALE3), da Itaúsa (ITSA4), do Banco do Brasil (BBAS3), do Itaú Unibanco (ITUB4) e da própria B3 (B3SA3).
Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) e os fundos de índice (ETFs) também devem ser considerados, sobretudo, para aqueles que desejam ingressar na renda variável, uma vez que possuem gestão profissional.
Ambos também são apontados como produtos mais seguros dentro da renda variável. No caso dos FIIs, os riscos estão associados à inadimplência, vacância e depredação do imóvel. Já os ETFs reúnem diferentes ativos indexados a um mesmo índice de referência. Por conta disso, possuem uma característica diversificada que dilui os riscos de perda.
Com relação à renda fixa, as projeções do mercado mostram que ela continuará rentável em 2023 com a Selic a 11%. No entanto, como há uma perspectiva de queda gradual dos juros e da inflação, os investidores devem redobrar a atenção.
Os investimentos atrelados a esses indicadores devem oferecer o resgate no curto prazo. Para o médio prazo, os títulos prefixados ou que remunerem acima de 100% do CDI são os mais indicados.