CECOP de Maricá é desativado e boxes vão para áreas abertas do Centro
Cumprindo promessa feita durante a campanha eleitoral, o prefeito Washington Quaquá (PT) determinou o fechamento do Centro de Comércio Popular de Maricá (CECOP), que funcionava na Rua José Juvenal Bittencourt, no Centro. Os boxes dos camelôs foram removidos do espaço e realocados em diferentes pontos da cidade, como as praças Cônego Batalha, Conselheiro Macedo Soares e outras áreas centrais.
A medida, segundo a Prefeitura, visa impulsionar o comércio popular ao aumentar sua visibilidade e circulação de clientes, além de representar uma economia significativa para os cofres públicos. O antigo espaço era alugado pelo município a um custo superior a R$ 100 mil mensais, além dos gastos com energia e manutenção, como o uso constante de geradores.
No entanto, a mudança tem gerado reações entre os comerciantes, que agora operam em áreas abertas, expostos às condições climáticas e à vulnerabilidade da rua. Muitos relatam preocupações com a segurança, temendo furtos e depredações, especialmente durante a noite, quando os boxes ficam fechados.
Alguns apontam que locais como a Praça da Alimentação, conhecida como Praça do Skate, vêm sofrendo com arrombamentos e atos de vandalismo, como denunciado em reportagem recente publicada pelo Maricá Info (leia aqui).
Diante das mudanças, os ambulantes cobram maior presença da Guarda Municipal e policiamento nas áreas onde os boxes foram redistribuídos. Eles reconhecem o esforço da gestão em buscar uma solução definitiva para o comércio informal, mas alertam que a falta de estrutura e segurança pode acabar prejudicando ainda mais o setor.
A presença de camelôs nas ruas do centro não é novidade. Em março deste ano, parte dos comerciantes já havia retornado às calçadas, ocupando os entornos de praças e pontos comerciais em meio à indefinição sobre o futuro do camelódromo (veja aqui).
A Prefeitura ainda não informou se haverá estrutura padronizada ou proteção adicional para os boxes instalados nas praças. Enquanto isso, a expectativa entre os ambulantes é de que a promessa de maior circulação de consumidores se concretize — sem prejuízo à segurança ou ao patrimônio de quem vive do comércio informal.