Câmara de Maricá vota nesta terça-feira, em segunda discussão, projeto de lei que autoriza o armamento da Guarda Municipal
A Câmara de Maricá vota nesta terça-feira (02/09), em segunda e última discussão, o projeto que autoriza o armamento da Guarda Municipal. O tema, que vem sendo defendido com entusiasmo pelo prefeito Washington Quaquá (PT), divide opiniões e tem gerado debates sobre a segurança pública na cidade.
Durante um vídeo publicado direto do seu gabinete no Espraiado (?), Quaquá afirmou que Maricá vive a implantação do “programa de segurança mais importante do Brasil”. Ele destacou o sistema de monitoramento por câmeras inteligentes já instalado na cidade e defendeu a entrada de uma guarda armada e treinada pelo BOPE.
“Agora vai entrar uma guarda armada, treinada no BOPE, treinada no que tem de melhor no Brasil e nós vamos ocupar território. (…) Nós vamos fechar todas as entradas de Maricá com os portais de segurança e estamos aqui, trabalhando muito, obviamente com o Arlen [Pereira, secretário executivo de Governo], tocando o dia a dia e dizendo: ‘vagabundo, vai pra outro lugar, que em Maricá não vai ter vez não’”, declarou o prefeito.
O secretário de Governo, Arlen Pereira, reforçou a promessa de ampliar o monitoramento eletrônico na cidade.
“O prefeito acabou de colocar como compromisso: a gente termina os quatro anos de governo com sete mil câmeras inteligentes, com monitoramento facial, reconhecimento de placas e sinais. O coronel Júlio Veras vai conseguir capturar muito mais bandidos como já vem fazendo”, afirmou.
Quaquá ainda mencionou a parceria com o secretário de Segurança Cidadã, coronel Júlio Veras, dizendo que a Guarda será capacitada em parceria com o BOPE – o batalhão de operações especiais da PM.
Debate restrito
Apesar do impacto do tema na vida da população, a Câmara de Maricá realizou apenas uma audiência pública para discutir o armamento da Guarda Municipal. A Comissão de Segurança Pública da Casa não abriu outras consultas à sociedade, ao contrário do que ocorreu em Niterói, que rejeitou a medida por meio de plebiscito.
Com a segunda votação marcada, caberá agora aos vereadores decidir se a Guarda Municipal passará a atuar armada nas ruas da cidade.