A Prefeitura de Maricá, através do Grupo de Apoio Técnico Especializado em Demolições (GATED), voltou nesta quinta-feira (06/06) à comunidade Beira-Rio, no bairro Pedreiras, dois meses após a última intervenção no local. Nesta nova etapa, 16 construções irregulares foram removidas na Rua dos Quintanilhas, todas situadas dentro da faixa marginal de proteção do curso d’água. Com isso, o total de construções demolidas na área se aproxima de cem ao longo de aproximadamente um ano.
A operação contou com a participação das secretarias de Urbanismo, Cidade Sustentável, Iluminação Pública, Trânsito e Defesa Civil, além da Engenharia Viária, equipes da autarquia de Serviços de Obras de Maricá, o Grupamento Ambiental da Guarda Municipal e o Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). Esta foi a 13ª intervenção do tipo na mesma região. Todas as famílias que ocupavam as construções foram reassentadas e estão recebendo aluguel social.
Os imóveis em Pedreiras e na Rua Rinalda Rodrigues da Silva, na Mumbuca, são alvo do mesmo inquérito do Ministério Público Estadual que ordenou a remoção das construções na faixa marginal do rio Mumbuca. Até o momento, 129 construções irregulares foram demolidas nesses dois bairros. A área de proteção será reforçada com enrocamento de pedras, semelhante ao que foi feito entre Pedreiras e Parque da Cidade. As famílias removidas foram incluídas no programa de locação social da Secretaria de Habitação e Assentamentos Humanos enquanto aguardam uma residência definitiva.
Em outubro de 2023, membros do GATED se reuniram para discutir a utilização das áreas desocupadas na comunidade Beira-Rio. A Secretaria de Urbanismo sugeriu a criação de ruas e a abertura de acesso à rodovia RJ-106. Outras propostas em estudo incluem a construção de calçadas, ciclovias, áreas de convivência e lazer com bancos e equipamentos de ginástica, espaços verdes para promover a biodiversidade local e um grande mural com grafites de artistas da cidade.
A política habitacional Habitar Reassentamentos foi implementada com o objetivo de realocar pessoas que viviam em áreas de risco, como regiões sujeitas a desabamentos ou deslizamentos, ou em terrenos públicos. Os cidadãos afetados recebem auxílio de aluguel social até que sua nova residência esteja pronta. Eles são realocados em imóveis ociosos adquiridos pelo município, sem descartar a possibilidade de construção de novas unidades. O município mantém uma lista de prioridades para o reassentamento, que avança conforme a disponibilidade de novas moradias.
