Tapeçaria do Espraiado é considerada patrimônio histórico e cultural de Maricá
![Tapeçaria do Espraiado é considerada patrimônio histórico e cultural de Maricá 1 Artesã Ilma Macedo com as tapeçarias Foto Divulgação marica rj 1](https://maricainfo.com/wp-content/uploads/2020/01/Artesã-Ilma-Macedo-com-as-tapeçarias-Foto-Divulgação-marica-rj-1.jpg)
O prefeito Fabiano Horta decretou que a arte da Tapeçaria do Espraiado é Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural de Maricá. Vale lembrar que a Tapeçaria do Espraiado já é considerada Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.
As Tapeceiras do Espraiado surgiram na década de 50, com a chegada à Maricá da tapeceira marroquina Madeleine Colaço. Inventora do “ponto brasileiro” de costura, Madeleine ensinou durante 27 anos a técnica para as crianças e mulheres do distrito de Espraiado, onde morou. Madeleine aproveitou a mão de obra local para colocar no mercado seus tapetes com o novo ponto de costura, reconhecido no Brasil e no exterior como algo genuíno e batizado de “ponto samba”. A produção foi comercializada com fôlego e hoje enfeita residências e palácios pelo mundo.
Graças ao “ponto brasileiro”, as tapeceiras do Espraiado tornaram-se mundialmente conhecidas. Em 2010, elas participaram de duas edições do Rio à Porter, uma das programações do evento internacional de moda Fashion Rio. A exposição do trabalho das Tapeceiras do Espraiado fez parte de uma parceria entre a Prefeitura e o Sebrae, de incentivo a projetos profissionalizantes de artesãos.
Entre as tapeceiras reinou Elídio Garcia, “embaixador do ateliê Colaço e um colorista genial”, segundo a própria Madeleine. Ele trabalhou mais de 30 anos com Madame Colaço e seguiu na tapeçaria até o fim de sua vida. Guardava muitos escritos técnicos em um caderninho, incluindo recados de Madeleine. “É um trabalho de chinês. Artístico e minucioso, que faz com que o metro quadrado leve de cinco a seis meses pra ficar pronto”, explicava Elídio, que também teve uma filha mestre no ponto “samba”. Elídio contava que no passado sofreu um acidente e teve que operar as duas pernas. Foi acolhido pelo casal Colaço, aprendeu o “ponto brasileiro” e tornou-se o colorista do ateliê. “Não sei onde estaria hoje sem a ajuda deles. No meu trabalho eu me achei”, resumia o colorista, cuja história de vida se mistura à arte e à vida do casal Colaço.
![Tapeçaria do Espraiado é considerada patrimônio histórico e cultural de Maricá 2 espraiado tapeçaria](https://maricainfo.com/wp-content/uploads/2020/01/espraiado-tapeçaria.jpg)
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Olá,
Onde posso encontrar a Tia ILMA da tapeçaria da reportagem onde ela expõe?
Aguardo retorno.