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PGR pede inquérito para investigar tapa de Quaquá em deputado bolsonarista

A Procuradoria-Geral da República (PGR) requereu a instauração de um inquérito para examinar o incidente em que o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) agrediu fisicamente o também deputado Messias Donato (Republicanos-ES). Donato apresentou queixa e alegou ser vítima de injúria real, caracterizada pela agressão física.

O conflito ocorreu em dezembro do ano passado, durante a sessão de promulgação da Reforma Tributária no plenário da Câmara, enquanto os parlamentares da base e da oposição debatiam, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um vídeo registrou o momento em que Quaquá proferiu um termo homofóbico (“viadinho”) para insultar Donato e, em seguida, o agrediu com um tapa no rosto.

Ao solicitar a abertura do inquérito, também requisitou que seja considerada a possibilidade de o parlamentar petista fornecer as informações que considere relevantes “preste as informações que julgar pertinentes”, disse a PGR. Além disso, o órgão deseja que o vídeo do incidente seja preservado.

Em nota na época do episódio, Quaquá afirmou que a “reação foi desencadeada por uma agressão anterior”. “O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Fui então empurrado, e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, afirmou o deputado.

No dia seguinte da discussão, Donato discursou na Câmara e afirmou que sofreu com crises de choro e insônia.

“Passei a noite em claro, tive crises de choro, a minha família me viu sendo agredido, sou pai. Se nunca houve cassação por quebra de decoro, este caso deve servir como exemplo no Conselho de Ética. Senão, vamos abrir um precedente para que outros parlamentares ajam desta maneira. O plenário da Câmara não é octógono de MMA”, declarou.

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