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Maricá: Saúde acompanha pacientes diagnosticados com doenças transmitidas por gatos

Uma notícia divulgada nesta quarta-feira (28) vem assustando moradores de diversos bairros de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo a notícia, uma doença de gatos causadas por um fungo está se alastrando na cidade. A doença, conhecida como esporotricose, é transmitida por animais e é causada por um tipo de fungo (sporothrix schenckii) e oferece risco aos humanos por transmissão direta.

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Entramos em contato com a Secretaria Municipal Adjunta de Saúde do município de Maricá, que informou que há nove casos (quatro em 2014 e cinco em 2015) registrados na cidade, onde os pacientes diagnosticados com o fungo recebem tratamento adequado e são acompanhados pela Vigilância Epidemiológica da pasta. “Além disso, equipes da Vigilância Ambiental da secretaria investigam as residências dos pacientes e locais próximos”, informou a Secretaria de Saúde através de nota.

O número de registros na cidade do Rio de Janeiro chegou a 824 casos, sendo a maioria na Zona Oeste, o que dá 1 (um) caso registrado por 7.669 habitantes, lembrando que a população da cidade do Rio é de 6,32 milhões. Já em Maricá, que possui pouco mais de 143 mil habitantes, o número de casos não chega a 1 (um) por 100 mil habitantes. A doença chega a ser letal para os felinos caso não tratada, provocando graves lesões na pele. Em humanos há tratamento disponível na rede pública e particular.

Os gatos, ou qualquer animal, podem se contaminar com o fungo através das garras, quando este as encosta em árvores, plantas terra ou qualquer material orgânico que esteja em decomposição. Os sintomas nos animais são feridas profundas com pus, que não cicatrizam e espalham. Além dos sintomas visíveis os gatos são acometidos pelo emagrecimento devido à falta de apetite, isolamentos, espirros frequentes, além de secreção nas narinas.

“Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos”, disse o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz, em recente comunicado.

“É importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado. Animais doentes não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação esteja com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado”, recomenda o INI.

Também é preciso tomar alguns cuidados higiênicos, de acordo com a INI, para que a quantidade de fungos possa ser dispersada. “É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo”, completou o órgão.

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Um Comentário

  1. A esporotricose é causada por um fungo que se prolifera em lugares quentes e úmidos, conhecida também como a doença do jardineiro. O gato não é portador do fungo! Ele contrai a doença, assim como qualquer ser pode contrair.
    Acho uma grande irresponsabilidade publicar informações incorretas, que só fazem aumentar ainda mais o preconceito.

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