Desmatamento e degradação ambiental avançam em Cordeirinho e Bambuí

Reportagem: João Henrique

Há anos o bairro de Cordeirinho e Bambuí, principalmente às margens do Canal de Guarapina, no loteamento Marinelandia, vem sofrendo com ação de exploradores que degradam o meio ambiente e desmatam em áreas de preservação permanente. Área de Preservação Permanente (APP) é, segundo o Novo Código Florestal Brasileiro, Lei nº12.651/12, área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Construções irregulares em faixas de proteção das lagunas, retirada ilegal de areia e queimadas prejudicam o ambiente e destroem os bairros. A própria prefeitura municipal vem causando danos irreparáveis, como o desmatamento das árvores às margens do Canal de Guarapina do lado de Bambuí para a pavimentação. Ninhos de Guaiamums foram afetados com o desmatamento e urbanização da faixa de proteção, tudo com a permissão da Secretaria de Meio Ambiente.

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O crime mais frequente é o de extração ilegal de terra, que destrói a faixa de proteção, alterando a geografia local, colocando as casas do entorno em perigo caso haja alguma enchente.

Casas estão sendo construídas em área de preservação permanente, já que a legislação prevê uma margem de, no mínimo, 30 metros sem construções em torno de lagoas e canais no município de Maricá. Uma moradora que não quis se identificar comentou que no último ano o número de invasores mais do que duplicou. “Antes quase não víamos pessoas invadindo e construindo, sempre vinham fiscais da prefeitura. Agora as pessoas constroem sem problemas.” Disse.