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Fiocruz encontra amostras do novo coronavírus no esgoto de Niterói

Em quase um ano de monitoramento, o projeto da Fiocruz de vigilância do novo coronavírus em esgotos de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, detectou o vírus em 100% das amostras recolhidas na última semana de 2020. A equipe analisou mais de 400 amostras de esgoto desde abril, produzindo mapeamento da transmissão do SARS-CoV-2 na cidade.

A iniciativa, em parceria com a prefeitura e a concessionária Águas de Niterói, mapeia a transmissão do vírus, contribuindo para ações de saúde pública e medidas de prevenção mais rápidas.

Em abril, primeiro mês de monitoramento, apenas 42% das amostras foram positivas. Já de maio a junho, quando ocorreu o primeiro pico da covid-19, a taxa de positividade ficou acima de 90%, alcançando 100% em algumas semanas. O índice caiu a partir de julho, chegando a 50% no começo do agosto. Na última semana daquele mês, no entanto, com o relaxamento das medidas de distanciamento social, o índice voltou a subir e o vírus foi encontrado em 75% das amostras. Em novembro, durante o segundo pico de casos, a pesquisa voltou a detectar o novo coronavírus entre 90% e 100% das amostras.

Desde dezembro, os registros de casos e mortes e a taxa de ocupação de leitos hospitalares por Covid-19 vêm caindo em Niterói. Porém, a detecção do coronavírus no esgoto permanece em patamares elevados. Na última semana do ano passado, a carga viral média foi a segunda maior registrada desde o início do levantamento. Em janeiro, o patógeno foi encontrado em 80% a 90% dos pontos pesquisados.

O monitoramento tem como base a eliminação do coronavírus nas fezes das pessoas infectadas, o que faz com que o patógeno possa ser encontrado no esgoto. Além de verificar a presença ou ausência do vírus em tubulações e estações de tratamento de esgoto, os pesquisadores analisam a quantidade de material genético viral presente nas amostras.

Os dados são utilizados para produzir mapas de calor, caracterizando a transmissão nas diferentes regiões da cidade.

Matéria:
Tatiana Alves – Agência Brasil

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